Sem ruídos

quinta-feira, maio 05, 2005

são lágrimas

São salgadas...
são lágrimas que sinto fugirem de dentro de mim...
são lágrimas estas coisas estranhas que sinto, aqui junto a mim, quando agarro os cabelos e me torço todo pelo chão, neste chão frio e tão sozinho, porque não é tudo sempre a preto e branco, aí como dói, tão lentamente, com falta de ar.
São pequenas...
oh por favor, protege-me, deste medo de nunca te encontrar, deste ser um girassol que brilha ao sol durante o verão; abraça-me durante esta canção, em que respiro solidão rodeado por todas as tuas palavras, nunca me disseste o que sentias, nunca fugi de olhar para ti durante a noite enquanto dormias.
São minhas...
são da lua que lá fora me olha pela janela; são tuas que procuras o rumo nestas águas agitadas pelo vento que vem do norte. Não quero mais, não sei o que quero, não sei se resisto, não sei que palavras um dia usei para te expressar que dentro de mim só queria não ter palavras para te dizer o que sinto.
São lágrimas...
não sei de que são feitas, não consigo libertá-las deste sentimento, somos apenas nós os dois, eu e tu, sem saber que por qualquer motivo, eu sem ti não tenho significado, não tenho forças, este chão é escuro, as lágrimas secaram, presas a este corpo como o sal do mar na minha pele nos dias de sonho em que viajo pelas nuvens do desejo.

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